Dona Itália, filha ilustre de Taruaçu
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ITÁLIA CAUTIERO FRANCO AINDA JOVEM (IMAGEM PERTENCENTE AO ACERVO DO MEMORIAL DA REPÚBLICA PRESIDENTE ITAMAR FRANCO: WWW.MRPITAMARFRANCO.COM.BR) |
Itália América Liria
Cautiero Franco , “era natural de Tarú-Assú (Céu grande, no idioma dos índios
purus e coroados, tribos indígenas que habitavam a Zona da Mata mineira). Seus
pais, Raphaela di Lucca e Paschoal Cautiero, aqui aportaram vindos do Reino da
Itália com a primogênita Luccia, ainda bebê. O país de origem permanecerá para
sempre em suas memórias e devoção a partir do nome da segunda filha, nascida em
15 de setembro de 1898, registrada no Cartório de Registro Civil e Tabelionato
de Notas de Tarú-Assú (posteriormente Taruaçu) como América Liria Cautiero, e
na certidão de batismo como Itália Liria Cautiero. Diante das hesitações entre
os dois registros, optou-se pela junção dos dois primeiros nomes, Itália
América, surgindo assim a dupla homenagem à pátria dos pais e do novo
continente que os acolheu.Ao longo dos tempos, entretanto, será Itália o nome
que prevalecerá isoladamente. No ano seguinte, em 2 de outubro, nascia a
terceira filha do casal, Liria Letívia Ida Cautiero. Tarú-Assú possuía ,
então,cerca de 5,5 mil habitantes – projeção baseada no censo de 1915,que
indicava 6 mil moradores. Seus casarios e sobrados em estilo colonial eram
muito semelhantes aos de Ouro Preto. E a casa de Paschoal Cautiero era grande o
suficiente para abrigar a família, mais as empregadas domésticas e ainda, nos
fundos do terreno, uma fábrica de selas e artigos de couros em geral, de
consertos de calçados, das botas austeras aos femininos mais sofisticados, com
uma dezena de operários. Um incêndio provocado por uma lamparina noturna
reduziu a fábrica a cinzas e apressou o sonho de Raphaela de se mudar para Juiz
de Fora, onde as filhas teriam à disposição colégios de mais gabarito para
aprimorar os estudos.Itália e Liria tinham então entre dez e nove anos,
respectivamente, quando foram matriculadas no austero Colégio Santa Catarina,
dirigido por freiras católicas”. (Do livro “ O real Itamar: Uma biografia”, de
Ivanir Yásbeck, publicado pela Editora Gutemberg).
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